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Carla Spinoza

La Paz, La Paz, Bolivia

Artista visual, fotógrafa, leitora de tarô e pesquisadora. Graduada em Sociologia, formada em Imagem Documental e Mestra em Estudos Visuais. Considera a arte um território de micro utopias e a pesquisa como uma viagem de compromisso artístico, uma experiência cuja elaboração passa pelo próprio corpo; alteridade, identidade, corpo, violência são conceitos que esboçam sua investigação artística. Seu trabalho foi exposto na Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Argentina, Uruguai, Venezuela, Itália, Espanha e Estados Unidos. Publicou recentemente a pesquisa “Onde tudo é possível: arte, coca e cocaína no século XXI” editada por Santiago García e Kiosko Galería. Seu trabalho de pesquisa artística mais notável é Niña roja, um projeto exploratório, processual e expandido que revela a catástrofe das meninas desaparecidas na Bolívia, que foi exibido e discutido em vários espaços artísticos e educacionais. Atualmente está pesquisando sobre “O uso sagrado da folha de coca como tecnologia para a vida e o futuro”; e faz parte dos grupos de estudo Asamblea Permanente de Pensamiento Periférico (México-Argentina) e Fotografia em perspectiva crítica anticolonial (Brasil). Por enquanto, está interessada em ser, criar e pesquisar a partir da América Latina.

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Mira Latina

La invocación de las diosas

A invocação das deusas

Onde estão nossas cerimônias de lembrança? O que precisamos lembrar? Quais são os rituais que nos permitem reinventar a nós mesmxs? Nesta terra que agora chamamos América Latina, nossxs ancestrais dialogaram com várias divindades, sem reduzir nenhuma diante de outras, uma cosmovisão que talvez precisemos relembrar. Neste sentido, a invocação das deusas se realiza como uma canalização profana, onde a imagem é disposta como um portal para invocar a pluralidade do sagrado: a deusa da luz, a deusa da força, a deusa da fertilidade e a deusa bixa do sol, presenças sagradas da realidade pagã, que se manifestam como resistência cosmogônica a uma fé que hoje é fundamentalmente monoteísta. Uma proposta visual que ganhou forma com o caminhar, um ritual e uma experiência errante, que toma o mar, o tarô e os sonhos como mapa e bússola, para ativar a memória de nosso legado politeísta.

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Projeto e curadoria de Maíra Gamarra, com incentivo do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco.