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WARAK'ASO

O Warak’aso (2013-2015) é como se chama popularmente o golpe com o punho fechado, reflexo do interior do ser. Disparado na cidade de Macha a 165km de Potosí (Bolívia).

Macha é um povoado afetado pela escassa circulação de pessoas devido a uma da população que migra, situação atual que se evidencia também em outras regiões rurais da zona oeste. No entanto, apesar da aparente desolação, esta pequena cidade guarda algo muito especial, ela resiste como um centro de encontro de duas grandes comunidades: os Ayllus Manqhasaxa (os de cima) e os Alaxsaya (os de baixo), cujo constante movimento de procura reúne cerca de 62 comunidades constituídas por jovens e adultos provenientes de distintas regiões do interior e exterior do país para celebrar o Tinku.

A serena cidade, herança mística e histórica da América, é vangloriada todo mês de maio durante uma semana com a chegada de milhares de Warak’asos.

As comunidades advindas de diferentes regiões se reúnem no centro ao compasso do Jula Jula, ritmo musical que acompanha os movimentos confiantes dos fiéis, cujos corpos embebecidos se entregam à bebida tradicional, a Chicha.

A festa, faça chuva ou faça sol, é invadida pelas cores e texturas, tudo carregado com muita energia é a maneira como se medirá a resistência do Warak’aso.

O Warak’aso, se percebermos, é: respeito, é a defesa da existência do bem e do mal que destrói e constrói no interior de nosso próprio ser (os de cima e os de baixo).

O Warak’aso é do Tinku: luz e sombra.

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Carlos Sánchez Navas

Sucre, Bolivia

Sou comunicador social e fotógrafo independente baseado em La Paz, Bolívia.

Minha escola na fotografia tem sido o próprio campo profissional, trabalhando como fotojornalista para meios nacionais e internacionais: La Prensa (2012-2014), Prensa Rural (2015), Agência Fotográfica de Notícias AFKA (2015 – 2016).

Fiz colaborações para agências nacionais (APG) e internacionais (Reuters); e publicações em algumas revistas: Revista Diafragma, Jiwaki, Revista TOOZMag, Bolivian Express, BEX Magazine, Everydaylatinamerica, VICE Colômbia, Ampolleta Roja, LacraZine e PhMuseum.

Integro a agência PRISMO, o coletivo fotográfico boliviano Sin Motivo e o movimento fotográfico Que Rato Me Hayan Sacado Foto.

Atualmente, meu trabalho está focado na fotografia documental e comunitária. Meu interesse é trabalhar a partir de nossos povos, de novos acontecimentos, histórias, contos e lendas vivas. Em busca de um reencontro através da voz mais sincera do ser humano, manifesto leal de um povo que sobrevive em meio ao caos. Esta rota brota do urbano, sede das manifestações ativas dos homens, e prossegue para o interior das ruínas, onde germinam as conexões que revitalizam as crenças e os saberes da cosmovisão nativa.

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Mira Latina

Projeto em desenvolvimento, em breve estará disponível.
Por favor, aguarde!

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Projeto e curadoria de Maíra Gamarra, com incentivo do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco.