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LUGAR DAS INCERTEZAS

Por Mateus Sá

Quando criança, me perdi do meu tio e da minha avó durante um acampamento no Vale da Lua, litoral sul de Pernambuco. À época, com cinco anos de idade. O que resta desse evento é o registro esparso que atua no conjunto de indagações, uma área de sombra imprecisa na memória. Não sei por quanto tempo estive perdido, e nem tenho certeza do que se passou naquele momento.

O hiato, e o imaginado sobre esse intervalo, é um dos eixos da criação do Lugar das Incertezas. É o campo do impreciso entre o tangível e a existência da experiência que gera, de certo modo, um conjunto de pistas apenas tateáveis. De vestígios que oscilam entre um mundo mágico e místico e um conjunto de pressões atado à infância, à atualidade e a esse lapso de memória. O tema repousa sobre a incerteza e os lugares que a habitam.

Procuro estabelecer um discurso visual que oscile entre a materialidade do mundo real e físico e as especulações, fabulações, passado, memória, afetos e vestígios que podem equivaler visualmente aos percursos existentes em um determinado lugar e tempo.

Realizo uma espécie de “arqueologia da memória”. Proponho revisitar o conjunto de fatos, imaginários, indícios e fábulas que habitam em mim e no local. A fotografia é o meio, pois opera uma incerteza múltipla, que está no autor, no lugar e na própria compreensão da fotografia oscilando entre realidade e subjetividade.

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Mateus Sá

Olinda, Brasil

A fotografia me conquistou em 1997 e passei a atuar em diversas frentes de seus mundos. Me considero fotógrafo e artista visual, mas atuo também como educador e produtor cultural, editor de livros e de exposições.

Minhas pesquisas artísticas transitam especialmente pelo universo da memória e das relações harmônicas e desarmônicas dos seres humanos com o meio ambiente.

Tenho cinco exposições individuais realizadas, além de ter participado de várias exposições coletivas, no Brasil e no exterior. Com destaque para a participação, em 2018, na série de projeções do Encuentros Abiertos Festival de la luz, na Argentina.

Integro a coleção “Diário Contemporâneo de Fotografia”, em Belém do Pará, com o trabalho Reflexões II.

Publiquei os livros “Lugar das Incertezas” ( 2018), “Índios e Caboclos: Reencontros” (2014 – coletivo), “A Cambinda Do Cumbe” (2006 – coletivo) e “Luz do Litoral” (2005).

Coordenei a “Semana de Fotografia do Recife” (2007 a 2010), fui um dos coordenadores do “EFE – Encontro de Fotografia e Educação” (2015) e atualmente participo da coordenação coletiva do “Pequeno Encontro da Fotografia”.  Sou co-fundador da Escola Livre de Imagem – ELI, e do projeto FotoLibras.

Editei os livros: “P14311”  de Diego Diniglio; “Morro de Fé” de Beto Figueiroa; “Como uma Pedra” de Isaias Belo; “Olinda Memórias Fotográficas” da produtora O Norte e “Lagarta Richelieu” de Lenice Queiroga.

E também venho atuando no campo do audiovisual na realização de documentários.

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Mira Latina

Projeto em desenvolvimento, em breve estará disponível.
Por favor, aguarde!

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Projeto e curadoria de Maíra Gamarra, com incentivo do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco.